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Primeira Carne Cultivada para Pets é Lançada!

dog eating lab made snack Image: Pets at Home / Meatly / The Pack
Image: Pets at Home / Meatly / The Pack

O mercado de alimentação para animais de estimação acaba de atingir um marco histórico com a introdução da primeira carne cultivada para consumo animal. A empresa britânica Meatly lançou oficialmente os Chick Bites, petiscos para cães que contêm carne de frango cultivada em laboratório. Esse feito coloca o Reino Unido na fronteira da inovação alimentar, sendo o primeiro país da Europa a autorizar a produção e venda desse tipo de produto para animais.


© Banx
© Banx

A carne cultivada, também conhecida como agricultura celular, é produzida a partir da multiplicação de células musculares animais em um ambiente controlado.


Diferentemente da pecuária convencional, esse processo elimina a necessidade de abate de animais, reduz o impacto ambiental da produção de carne e preserva recursos naturais.







A tecnologia permite a criação de um produto final que replica a composição nutricional e o sabor da carne tradicional, garantindo que os cães recebam os aminoácidos, ácidos graxos, minerais e vitaminas essenciais para sua saúde.

Processo tradicional da agricultura celular - ou carne cultivada. Fonte: https://www.eufic.org/en/food-production/article/lab-grown-meat-how-it-is-made-and-what-are-the-pros-and-cons
Processo tradicional da agricultura celular - ou carne cultivada. Fonte: https://www.eufic.org/en/food-production/article/lab-grown-meat-how-it-is-made-and-what-are-the-pros-and-cons

O lançamento dos Chick Bites representa um passo inicial na adoção de carnes cultivadas para alimentação pet. Atualmente, os petiscos estão disponíveis apenas em uma loja da rede Pets at Home, em Brentford, Inglaterra, mas a Meatly planeja expandir sua distribuição nos próximos anos. A iniciativa conta com a colaboração da empresa The Pack, especializada em alimentos veganos para cães, indicando um crescente interesse no desenvolvimento de opções sustentáveis e eticamente responsáveis para a nutrição animal.


O CEO da Meatly, Owen Ensor, destacou que a introdução da carne cultivada na indústria pet representa um 'salto gigante' para o setor, possibilitando um mercado mais sustentável e inovador. A empresa também enfatizou que a produção de sua carne cultivada parte de uma única amostra de células retiradas de um ovo de galinha, sendo suficiente para fornecer carne indefinidamente, sem a necessidade de criar e abater animais.

A Meatly não está sozinha nesse esforço. A Pets at Home, um dos principais investidores da startup, apoia a iniciativa como parte de sua missão de reduzir o impacto ambiental da indústria de alimentação pet. Além disso, estão previstas novas colaborações entre a Meatly e a The Pack para ampliar a oferta de produtos baseados em carne cultivada nos próximos anos.


As rações comerciais para animais de estimação apresentam desafios significativos, tanto do ponto de vista ambiental quanto nutricional. A produção convencional de ração depende fortemente da pecuária intensiva, contribuindo para o desmatamento, emissões de gases de efeito estufa e alto consumo de água. Além disso, muitos produtos contêm subprodutos de origem animal de baixa qualidade, conservantes artificiais e ingredientes ultraprocessados, que podem impactar a saúde dos pets a longo prazo.


Sachê para pets feitos com carne cultivada em laboratório. Foto: Bene meat technology
Sachê para pets feitos com carne cultivada em laboratório. Foto: Bene meat technology

A presença de antibióticos e hormônios na carne utilizada também levanta preocupações sobre resistência antimicrobiana e segurança alimentar. Diante desse cenário, a carne cultivada surge como uma alternativa mais sustentável, ética e potencialmente mais saudável para a nutrição animal.


O mercado de carne cultivada enfrenta desafios significativos, incluindo barreiras regulatórias e dificuldades na escalabilidade da produção para tornar o produto comercialmente viável. Enquanto Cingapura e Israel já aprovaram a comercialização de carnes cultivadas para consumo humano, a União Europeia e o Reino Unido ainda não concederam essa autorização. A iniciativa da Meatly, no entanto, demonstra que a tecnologia tem potencial para se tornar uma solução concreta para o futuro da alimentação animal.



Além da redução no impacto ambiental, a carne cultivada para pets pode representar uma alternativa mais segura e saudável, uma vez que sua produção ocorre em ambientes livres de antibóticos e contaminantes comuns às cadeias tradicionais de suprimentos de carne. Com isso, a iniciativa não apenas propõe uma revolução na alimentação animal, mas também desafia paradigmas da indústria alimentícia global.


A crescente popularização da carne cultivada evidencia um movimento mais amplo em direção a um sistema alimentar mais sustentável e ético. Caso a tecnologia consiga superar as barreiras de custo e produção em larga escala, sua implementação na indústria pet pode ser um precursor para uma transição mais ampla na alimentação humana.

Carne cultivada para rações de pets serão uma tendência? Fotografia: Sally Anscombe/Getty Images.
Carne cultivada para rações de pets serão uma tendência? Fotografia: Sally Anscombe/Getty Images.

O lançamento dos Chick Bites pode, assim, marcar o início de uma nova era na nutrição de animais de estimação, pavimentando o caminho para inovações futuras e para um consumo mais consciente e responsável.



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